Tipos de cirurgia de mastectomia: conheça as principais técnicas e indicações

Introdução à Mastectomia e Suas Técnicas

A mastectomia é um procedimento cirúrgico vital no tratamento do câncer de mama, consistindo na remoção do tecido mamário para erradicar a doença ou reduzir o risco em casos de alta vulnerabilidade. Ao longo das décadas, as técnicas cirúrgicas evoluíram significativamente, buscando não apenas a eficácia oncológica, mas também a melhoria da qualidade de vida e dos resultados estéticos para as pacientes. Entender os diferentes tipos de mastectomia, suas indicações e a evolução das abordagens cirúrgicas é crucial para pacientes e profissionais de saúde, permitindo decisões mais assertivas e personalizadas.

Este artigo explora as principais técnicas de mastectomia, detalhando seus procedimentos, as situações em que são indicadas e os avanços que moldaram a cirurgia de mama moderna. Abordaremos também a importância do planejamento pré-operatório, dos cuidados pós-operatórios e do papel fundamental da reconstrução mamária para a recuperação integral da mulher.

Principais Tipos de Mastectomia

A mastectomia não é um procedimento único; ela engloba diversas técnicas adaptadas à extensão da doença, ao tipo de tumor e às características individuais da paciente. A escolha da técnica ideal é sempre multidisciplinar, envolvendo o mastologista, oncologista e cirurgião plástico. Os avanços permitiram que as cirurgias sejam cada vez mais conservadoras e com foco na recuperação estética e funcional. Diferentes tipos de mastectomia são aplicados conforme a necessidade, buscando o equilíbrio entre a remoção completa do câncer e a preservação da imagem corporal.

A seguir, detalharemos os tipos mais comuns de mastectomia, suas características e as principais situações em que cada uma é recomendada, destacando a complexidade e a personalização envolvidas na decisão cirúrgica.

Mastectomia Total ou Simples

A mastectomia total, também conhecida como mastectomia simples, envolve a remoção de toda a glândula mamária, incluindo o mamilo e a aréola. No entanto, os músculos subjacentes ao tórax e os linfonodos axilares geralmente não são removidos, a menos que haja uma indicação específica para tal. Este tipo de cirurgia é frequentemente indicado para casos de carcinoma ductal in situ (CDIS) extenso, que se espalhou por uma grande área da mama, ou para cânceres invasivos que não envolveram os linfonodos.

Também é uma opção comum para a mastectomia profilática (preventiva) em mulheres com alto risco genético de desenvolver câncer de mama, como aquelas que possuem mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2. A preservação dos músculos peitorais e a minimização da dissecção axilar contribuem para uma recuperação normalmente mais rápida e com menos complicações pós-operatórias do que cirurgias mais radicais.

Mastectomia Radical Modificada

A mastectomia radical modificada é uma das técnicas mais utilizadas para o tratamento do câncer de mama invasivo. Este procedimento envolve a remoção de toda a mama, incluindo a pele, o mamilo e a aréola, juntamente com os linfonodos axilares. O diferencial desta técnica para a mastectomia radical clássica (que hoje é raramente realizada) é a preservação dos músculos peitorais, o que ajuda a manter a função e a estética do tórax. A remoção dos linfonodos axilares é crucial para determinar se o câncer se espalhou para essas estruturas e para o planejamento de tratamentos adicionais.

Essa técnica é indicada quando há evidência de invasão do câncer para além da mama, especialmente para os linfonodos. A extensão da remoção axilar pode variar, sendo guiada pela biópsia do linfonodo sentinela, um procedimento que identifica o primeiro linfonodo para o qual as células cancerosas têm maior probabilidade de se espalhar. A preservação dos músculos peitorais contribui para uma recuperação funcional melhor e menos deformidade torácica.

Mastectomia com Preservação da Pele e Nipple-Sparing

As mastectomias com preservação de pele (skin-sparing mastectomy) e com preservação do mamilo (nipple-sparing mastectomy) representam avanços significativos na busca por resultados estéticos aprimorados após a remoção do tecido mamário afetado. Na mastectomia com preservação de pele, a maior parte da pele da mama é mantida, servindo como um envelope para a reconstrução mamária imediata, o que permite um resultado mais natural e uma recuperação mais estética. Essa técnica é ideal para pacientes que planejam a reconstrução e cujos tumores não estão próximos à superfície da pele.

A mastectomia nipple-sparing vai um passo além, preservando também o mamilo e a aréola, além da pele. Esta é uma opção para casos muito selecionados, onde o tumor não envolve o mamilo e não há sinais de doença no complexo areolo-mamilar, oferecendo um resultado estético superior. O Dr. Alexandre Charão é um especialista nessas técnicas, utilizando até mesmo, em alguns casos, o procedimento Motiva Preservé que, combinado com tecnologias como o Crisalix (simulação 3D), permite planejar a reconstrução mamária para alcançar resultados altamente satisfatórios e naturais, sempre com foco na recuperação rápida e na minimização da dor, como preconizado em seu protocolo 3R.

Indicações e a Escolha da Melhor Técnica

A decisão sobre o tipo de mastectomia é complexa e individualizada, baseada em múltiplos fatores, como o tamanho e a localização do tumor, a extensão da doença (se há envolvimento de linfonodos), a presença de mutações genéticas (como BRCA1/BRCA2), o histórico de tratamentos anteriores e as preferências da paciente. Em cânceres em estágio inicial, pode-se optar por cirurgias mais conservadoras com preservação de tecido, enquanto em casos mais avançados, técnicas como a mastectomia radical modificada podem ser necessárias.

O diálogo aberto entre a paciente e a equipe multiprofissional é essencial. O cirurgião plástico, como o Dr. Alexandre Charão, desempenha um papel crucial ao discutir as opções de reconstrução mam

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